23 setembro, 2016

São Miguel em 2 dias

Recentemente, a convite da Terra Nostra para conhecer o Programa Leite de Vacas Felizes que tive a oportunidade de visitar pela primeira vez os Açores, mais precisamente a ilha de São Miguel.
É a maior ilha dos Açores, tem natureza vulcânica e relevo montanhoso, graças ao seu clima temperado e húmido recebeu as mais variadas espécies introduzidas pelos povoadores ao longo dos séculos, campos de tabaco e plantações de chá, bem como com a abundância de cores deslumbrantes faz com que esta ilha seja considerada por muitos a mais bonita dos Açores.
Durante a estadia, estivemos muito bem acompanhados pela Panazorica, com o guia sr. Jorge que partilhou connosco a história da ilha e inúmeras curiosidades, e pelo motorista sr. José que era a boa-disposição em pessoa e que tornaram a nossa visita (ainda mais) memorável!



Começando pelo princípio, que é como quem diz o voo, foi a minha estreia com a Ryanair. Menos positivo foi o atraso de quase 1h no voo Lisboa-Ponta Delgada; mas a destacar pela positiva as condições do avião e simpatia da tripulação.
Quando o tempo é essencial, o ideal é reservar o 1º voo da manha na ida e o voo de final da tarde ou noite para o regresso, e claro reservando com antecedência os preços são muito atractivos.




A primeira paragem foi para almoçar. Fomos recebidos num antigo solar, em Capelas, uma casa de família, onde fomos recebidos pela dona da casa para um delicioso almoço.
Pão e queijo fresco, saladas, morcela com ananás dos Açores, bacalhau à brás, entre outros, e para sobremesa barriga de freira e ananás dos Açores, um verdadeiro desfile de pratos típicos.




Partimos em direcção às estufas de ananases.
Acredito que muitos se perguntam o porquê do preço elevado deste ananás, e isso deve-se ao facto de demorar quase 2 anos para crescer; para além de ser produzido em estufas de vidro, utilizando técnicas de cultivo tradicionais como aplicação de fumo.
É uma visita rápida, mas muito interessante, e no fim podem comprar um ananás para trazer convosco!


E que melhor postal pode existir desta maravilhosa ilha do que a vista soberba da Lagoa das Sete Cidades? A partir do miradouro Vista do Rei, 
conseguir uma vista como esta pode não ser fácil, já que os dias de nevoeiro são uma constante.
Recomendo que estejam atentos, já que o clima ao longo do dia sofre várias alterações e se possível usem algum site ou app de meteorologia (o meu preferido e que nunca me deixa mal é o accuweather). 


Mesmo ao lado do miradouro, encontra-se o hotel abandonado Monte Palace.
Inaugurado há mais de 20 anos encerrou menos de 2 anos após a abertura, foi o primeiro hotel 5 estrelas na ilha e chegou a ter mais de 100 funcionários, mas hoje permanecem apenas as ruínas.
É possível circular pelo hotel, desde que com a devida cautela, já que a vista é absolutamente deslumbrante!


Seguimos então para as Lagoas Empadadas.
Uma verdadeira pérola escondida e pelo que me pareceu um local mesmo pouco conhecido, provavelmente devido ao difícil acesso. São um conjunto de pequenas lagoas rodeadas por um denso bosque e separadas entre si por uma estreita faixa de terra.
Subindo ao miradouro mais uma vista deslumbrante, onde podemos admirar as montanhas.

Depois de uma passagem rápida pelo hotel, seguimos para jantar no restaurante Paladares da Quinta.
O espaço é lindíssimo, com um toque moderno e requintado. Para começar pão e queijo, salada de polvo e lapas, depois chicharrinhos com arroz de tomate e capão assado, para sobremesa queijada de Vila Franca do Campo

Ficámos hospedados no Hotel Açores Atlântico.
O hotel está localizado na Avenida Marginal de Ponta Delgada, decorado num estilo clássico, próximo das Portas do Mar, restaurantes e bares. O hotel possui uma piscina interior aquecida, sauna e ginásio, assim como acesso à internet gratuito no Business Center.
O pequeno-almoço é uma delícia, com muitos produtos frescos e locais, destaque para o bolo lêvedo e queijos.

Depois do pequeno-almoço seguimos para a visita à fabrica do grupo Bel e a um dos produtores do Programa Leite de Vacas Felizes, que vos falei no post do início desta semana.
A fábrica não está aberta ao público, por isso e para preencher a manhã do 2º dia deixo como sugestão as seguintes visitas:
- Ribeira Grande;
- Caldeira Velha;
- Lagoa do Fogo


Nem pensar em visitar os Açores e não provar o típico cozido das furnas, por isso não se esqueçam de fazer reserva num dos restaurantes! E se conseguirem cheguem mais cedo para poderem ver o momento em que o cozido é retirado da terra.



Antes da partida, ainda houve tempo para visitar o Parque Terra Nostra.
Poderá encontrar flora endémica dos Açores, mas também inúmeras plantas nativas de países com climas completamente distintos do existente nas Furnas. É possível observar várias árvores centenárias, inúmeras espécies de porte arbóreo, e ainda os mais diversos arbustos e flores. Nas últimas duas décadas, o parque tem vindo a enriquecer, ainda mais, o seu património botânico com a aquisição de novas espécies vegetais. Esta constante preocupação em diversificar para enriquecer a flora existente levou a que, atualmente, o parque possua grandes coleções e jardins com plantas de importante valor histórico e cultural.




4 comentários:

  1. Deve ter sido uma viagem fantástica. Que belas paisagens.
    Bom fim-de-semana Marisa.
    Beijinho.

    Bimby &Sabores da Vida

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  2. Belas imagens.
    Deve ter sido maravilhoso conhecer esse quantinho de Portugal.
    Nunca fui nem aos Açores nem à Madeira. Quem sabe no próximo ano não concretize esse desejo.

    Beijinhos,
    Clarinha
    http://receitasetruquesdaclarinha.blogspot.pt/2016/09/pudim-de-chia-figos-e-iogurte.html

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  3. Que fotos fantásticas!
    Bjs

    www.trapinhartes.blogspot.com

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  4. Foram 2 dias muito preenchidos e cheios de experiências fantásticas, estou a ver! As paisagens são incríveis e todos os pratos tinham um aspeto delicioso :)

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