12 maio, 2020

10 livros para quem é apaixonado por viagens

Quando não podemos sair de onde estamos, os livros podem levar-nos a descobrir, pessoas, culturas e cidades distantes, um mundo de cores, novos cheiros e sabores. São os melhores companheiros de viagem, uma fonte de inspiração que nos transporta para os lugares mais exóticos e longínquos.
Os livros fazem sentir e sonhar, abrem um janela para o mundo... mesmo a partir do nosso sofá. Descubra os 10 livros que o vão querer (ainda mais!) fazer viajar!


Terra dos Homens, de Antoine de Saint-Exupéry
Pelo muito sofrimento que nos impõe, e também pela imensa alegria que nos dá, Terra dos Homens é como que uma purificação de toda a nossa maneira de sentir - e tão desenhada de solidariedade que até um beduíno (qual um Principezinho), afastado milénios das nossas máquinas voadoras, nos dá da sua água, nos toca o ombro - e tão naturalmente nos salva como natural é o deserto.
Neste como noutros romances autobiográficos que têm por tema a aviação, Saint-Exupéry será eternamente aquele escritor que, de avião ao longo do globo, aterrará sempre em nós a fim de nos lembrar (palavras derradeiras deste seu romance) que "só o Espírito, quando sopra sobre a argila, pode criar o Homem."

Istambul, de Orhan Pamuk
De uma forma intimista e ao mesmo tempo muito visual, o autor recria um engenhoso modo de evocar a sua cidade de eleição. Neste livro, Orhan Pamuk fala sobre as primeiras impressões de melancolia que invadem os habitantes de Istambul e os unem nas memórias colectivas de um povo: o de viverem sobre as ruínas das glórias imperiais num país a tentar modernizar-se e permanentemente a receber influências do cruzamento entre este e oeste. E é também a partir da sua própria história de vida, desde menino até à fase adulta que o nobelizado nos transmite os seus pensamentos, crenças e ideologias sempre com Istambul como pano de fundo. Ao combinar memórias e fotografias com reflexões sobre arte, história e a civilização em geral deixa ao leitor um legado único sobre aquela que é a sua cidade.


A Arte da Viagem, de Paul Theroux
Cinquenta anos de viagens celebrados por uma recolha de textos que formaram Paul Theroux enquanto leitor e enquanto viajante - um manual literário de viagem, um guia filosófico, uma antologia de grandes autores que viajaram, entre eles Theroux. A Arte da Viagem mostra toda a bagagem - espiritual ou física - que levaram e que trouxeram; os lugares por onde passaram, ou nunca passaram; os prazeres e os sofrimentos do viajante, os paradoxos da viagem, a solidão, o anonimato, o encontro com estranhos; a estrada enquanto vida; as cidades, os comboios, as paisagens; a aventura; e a tradição, a política e a pornografia na viagem; o tempo e o amor na viagem; e a viagem enquanto transformação.

África Acima, de Gonçalo Cadilhe
Numa viagem absolutamente fascinante, Gonçalo Cadilhe percorre o continente africano sem recorrer ao transporte aéreo. Em autocarros e comboios, em balsas e bicicletas de ocasião, à boleia em camiões ou a pé com a mochila às costas, o viajante atravessou África desde o cabo da Boa Esperança, no extremo Sul, até ao estreito de Gibraltar, no longínquo Norte.
África Acima é um livro sincero e deslumbrado, em que as amizades, o humor, a tolerância e a humildade conseguem vencer a miséria, a corrupção, as estradas desfeitas e o calor brutal. Gonçalo Cadilhe redescobre a magia e os mistérios de uma África que continua a fascinar as pessoas.


As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino
Apresenta-se como uma série de relatos de viagem que Marco Polo faz a Kublai Kan, imperador dos tártaros. A este imperador melancólico, que percebeu que o seu poder ilimitado conta pouco num mundo que caminha em direção à ruína, um viajante visionário fala de cidades impossíveis, por exemplo, uma cidade microscópica que se expande, se expande até que termina formada por muitas cidades concêntricas em expansão, uma cidade teia de aranha suspensa sobre um abismo, ou uma cidade bidimensional como Moriana. 

A Volta do Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne
Phileas Fogg, um aristocrata inglês, faz uma aposta arrojada com os membros do seu clube em como dará a volta ao mundo em 80 dias. Parte então à aventura, acompanhado pelo seu criado. Para vencer o desafio, teria de estar de volta a Londres no dia 21 de Dezembro de 1872, às vinte horas e quarenta e cinco minutos. Porém, Fogg é acusado de estar por detrás do assalto ao Banco de Inglaterra, o que fará com que o detective Fix parta no seu encalço, perseguindo-o para onde quer que Fogg vá. Do Egipto à Índia, e depois para a China, Japão, Estados Unidos (São Francisco e Nova Iorque) e de volta a Inglaterra, somos levados numa viagem através de vários continentes, em diversos meios de transporte existentes na época - vapores, comboios, carruagens , e até mesmo elefante -, numa jornada emocionante que desperta o nosso espírito de aventura e nos leva de volta à infância.


Um Diário Russo, de John Steinbeck
Na altura em que a Cortina de Ferro descia sobre a Europa Oriental, John Steinbeck e Robert Capa empreenderam uma notável jornada pela União Soviética, que os levou a Moscovo e Estalinegrado - hoje Volgogrado - e aos campos da Ucrânia e do Cáucaso. O que viram e tocantemente relataram foi aquilo a que Steinbeck chamou "o grande outro lado", as vidas quotidianas dos homens e das mulheres da Rússia.

A Arte de Viajar, de Alain de Botton
Tratando, entre outras coisas, de aeroportos, tapetes exóticos, romances de férias e minibares de hotel, este livro cheio de humor, surpreendente e provocador, revela as motivações escondidas, expectativas e complicações das nossas viagens por esse mundo fora. Acompanhando-o nesta viagem encontram-se escritores, artistas e pensadores que foram inspirados pela viagem em todas as suas formas: Gustave Flaubert, Edward Hopper, Baudelaire, Wordsworth, Van Gogh, Ruskin – todos eles preparados para nos darem as suas visões sobre o curioso negócio de viajar. O antídoto perfeito para aqueles guias que nos dizem que fazer quando lá chegarmos, A Arte de Viajar tenta explicar porque é que escolhemos tal sítio em primeiro lugar – e sugere, modestamente, como podemos aprender a ser mais felizes nas nossas viagens.


Cem Dias entre Céu e Mar, de Amyr Klink
A estréia literária de Amyr Klink é o relato de uma verdadeira odisséia moderna, que transporta o leitor para a superfície ora cinzenta, ora azulada do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice das alegrias e temores do navegante solitário. Amyr narra, passo a passo, os preparativos, as lutas, os obstáculos e os presságios que cercaram sua primeira viagem extraordinária.

On the Road, de Jack Kerouac
Romance de 1957 do escritor americano Jack Kerouac, baseado nas viagens de Kerouac e dos seus amigos pelos Estados Unidos. É considerado um trabalho percursor das gerações Beat e Contracultura do pós-guerra, com seus protagonistas a viverem a vida num cenário de jazz, poesia e uso de drogas. Com muitas figuras-chave do movimento Beat, como William S. Burroughs (Old Bull Lee), Allen Ginsberg (Carlo Marx) e Neal Cassady (Dean Moriarty) representados pelos personagens do livro, incluindo o próprio Kerouac como o narrador Sal Paradise. 


1 comentário:

  1. Bom dia, Marisa!
    Parecem-me boas sugestões! Alguns já li, mas outros são para descobrr! ;)
    Bjs
    Paula

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