19 janeiro, 2016

A Travessa

Não conhecia este restaurante, mas fiquei imediatamente cativada pelo facto de estar localizado num convento e pela curiosidade que me despertou a ementa portuguesa e belga.
Ao efectuar a reserva, perguntei como funcionava o transfer que mencionavam no site, ao que me explicaram que bastava colocar o carro no parque subterrâneo do Largo Vitorino Damásio, telefonar para nos irem buscar e depois o valor do parque é pago pelo restaurante (até 3 horas). Ora bem, tendo em conta a zona onde se encontram e a dificuldade de estacionamento e ruas apertadas, excelente ideia! No dia do jantar, estacionamos, telefonamos e lá apareceu a carrinha pão de forma (girissima e igualzinha ao site) conduzida pelo Diogo que nos levou a nós e a outros clientes até ao restaurante.
Devido aos preços practicados, não é um restaurante para todos os dias, mas é certamente um local para uma ocasião especial.



O espaço é muito bonito, romântico e intimista, o que infelizmente se perde um pouco em dias de casa cheia (o que foi o caso), luz agradável, confortável e acolhedor. Percebemos rapidamente que cada empregado tem uma função: há os que servem as entradas, os que recomendam os vinhos, os que se encarregam dos pratos principais e os das sobremesas, de forma organizada e metódica, sempre atentos e atenciosos, sem ser intrusivos.


As entradas são escolhidas pelo chef e foram 7, entre quentes e frias, tão diversas quanto um shot de creme de courgette, filetes de anchova, pimentos padron, paté de grão, ovos mexidos com cogumelos, queijo de cabra frito com doce de abóbora e secretos de porco preto, apenas não provei os filetes pois não aprecio. No geral, todas as entradas eram bastantes normais, mas muito saborosas, destaque para os ovos mexidos e para os secretos, ambos cozinhados no ponto e muito bem temperados.


Para prato principal, ele escolheu a raia e eu escolhi os filetes de peixe galo.
A raia é confeccionada ao vapor com molho de manteiga queimada, vinagra balsâmico e alcaparras, o que lhe confere um sabor algo ácido. Já os lombos são preparados numa emulsão de champagne e cogumelos selvagens (não se nota nada que adoro cogumelos, pois não?!). Definitivamente, após provar os 2 pratos concordámos que o meu era superior, ainda que a raia também fosse bastante boa. Nesta fase, saliento o ponto menos positivo: com os pratos vêm 4 acompanhamentos (esparregado, puré de nabo, legumes salteados e batata) que são servidos em doses mínimas, talvez fosse preferível os clientes escolherem apenas 2 acompanhamentos mas servidos numa dose maior. 
Nunca bebemos muito álcool quando saímos pelo que foi óptimo ver que tinham disponível vinho ao copo e seguindo a recomendação optámos pelo vinho branco Consensual.

Não podíamos terminar sem provar as sobremesas, das várias sugestões apresentadas, ele escolheu o praliné de chocolate e eu a mousse de chocolate branco
O praliné era bastante rico e com um sabor intenso a chocolate; quanto à mousse tinha receio que fosse doce demais mas arrisquei na mesma e ainda bem, já que era doce na dosse certa, cremosa e rica, acompanhada por um molho de framboesas, absolutamente divinal.


5 comentários:

  1. Que giro essa parte de fazerem o transporte dos clientes! :)
    E tem tudo um aspecto tão bom!
    Beijinhos
    --
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  2. Essa do transporte para o restaurante é uma ideia interessante,....e essas fotos,..bem,...sem palavras,...
    Beijinhos,
    Espero por ti em:
    http://strawberrycandymoreira.blogspot.pt/
    www.facebook.com/omeurefugioculinario

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  3. Absolutamente fantástica esta critíca Marisa e fiquei a salivar com esses pratos tão bem apresentados e convidativos. Mais uma sugestão fabulosa!
    Beijinhos,
    Lia

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  4. Parece que vale a pena! Adorei a ideia do transporte :)

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