12 outubro, 2023

Mosteiro da Batalha

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais vulgarmente conhecido como Mosteiro da Batalha, é o símbolo de um dos momentos mais importantes da História de Portugal, e presença constante na memória coletiva, mas também em lendas como a da Padeira de Aljubarrota.
A sua construção demorou quase 2 séculos e abrangeu sete reinados da segunda dinastia (1385-1580), tendo envolvido uma vasta equipa de mestres-pedreiros de grande nível, tanto nacionais como estrangeiros
Classificado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade desde 1983 e considerado como uma das 7 Maravilhas de Portugal é um monumento verdadeiramente impressionante.



Imponente, destaca-se pela sua monumentalidade e pelo rendilhado da pedra no exterior, marcas que o tornam facilmente identificável. É constituído por uma igreja, dois claustros com dependências anexas e dois panteões reais, a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas.
É um dos edifícios mais representativos do Gótico Português mas, como a sua construção se prolongou por dois séculos, foi largamente influenciado pelo Manuelino, tendo também alguns apontamentos renascentistas. O passar dos anos e o facto de as obras terem sido entregues a homens de gostos e épocas diferentes faz com que este não seja um monumento com uma arquitetura linear, mas uma mistura de várias tendências.


No seu interior, encontramos o mais importante núcleo de vitrais medievais portugueses, que se podem admirar na Capela-Mor e na Sala do Capítulo. A nave central da igreja eleva-se a 32,5 metros e apoia-se sobre oito colunas de cada lado. Além das capelas e dos claustros, podem ainda visitar-se o dormitório, o refeitório e a cozinha do mosteiro.

O largo situado no exterior foi outrora ocupado em grande parte pelo Claustro de D. João III. Incendiado aquando das Guerras Napoleónicas, veio a ser demolido por ocasião das obras de restauro empreendidas em meados do século XIX. A meio do largo, pode apreciar-se uma lápide que reproduz as siglas de vários pedreiros e assinala o local da antiga Igreja de Santa Maria-a-Velha, o templo primitivo onde os construtores do mosteiro assistiam aos serviços litúrgicos.


Por detrás da cabeceira da igreja, no alinhamento da capela-mor, situa-se o Panteão de D. Duarte, mais vulgarmente conhecido como Capelas Imperfeitas, e é um dos grandes atrativos do mosteiro.
A construção do Panteão, por iniciativa do rei D. Duarte, ter-se-á iniciado durante o primeiro ano do seu reinado (1434). Infelizmente, a sua morte, três anos depois, e a do próprio arquiteto Huguet, no ano seguinte, inviabilizaram a conclusão da nova capela funerária.



Sem comentários:

Enviar um comentário